Imagino um amor....
Ele deve ser diferente dos que estão por ai, deve ser repleto do jeito meu, do jeito seu, é do nosso jeito... Jeito de quem se encontrou sem jeito, sem chão, sem cão, sem gato, jeito de quem deseja tê-los em comunhão, talvez um gato, dois cachorros, nenhum pássaro, não gostamos de prisões.
Esse amor tem que ter o equilíbrio perfeito, sendo imperfeito mesmo, tem que ter briga, tem que ter cara feia, tem que ter tudo que uma relação precisa, especialmente amor, tem que ter amor pra dar e vender, talvez emprestar, não sendo nós as únicas pessoas com as quais conviveremos.
Ele deve ser diferente, ele deve ser amor de verdade, singelo, bruto, o ar que respiramos quando perto, a saudade que sentimos quando longe, o tempo que precisamos a sós, nosso tempo no quarto, na sala ou no banho, ele deve ser algo único, diferente, anormal, um sentimento jamais sentido nestas proporções.
Eu imagino um amor divertido, com crises de riso, com tempestades de lagrimas, com as dificuldades do dia a dia, mas que no final tarde, ou no cair da noite, eu possa deitar em paz, sabendo que tudo vai dar certo, que tenho repouso exato para minha alma acalmar.
Esse amor que imagino, que conforta e acalma, que confia e também seduz, que aproveita a cada segundo de luz, a cada minuto no escuro, que a felicidade seja a nossa maior conquistar, nossos futuros sejam os passos que iremos dar, indiferente se serão distintos, sabemos que vamos juntos para mesmo lugar, a felicidade que só alguém como tu, meu amor imaginário pode me fazer cantar, inventar, levitar, ser assim mais leve que o ar.
Este apenas um desejo jogado no universo, um amor belo, verdadeiro, humano, com seus erros e acertos, mas que leve o nosso jeito de ser continuamente amado.
